segunda-feira, novembro 27, 2006


O número de estudantes brasileiros que realizavam cursos a distância em 2005 era 62,6% maior que o registrado em 2004, de acordo com o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância 2006, realizado com patrocínio do MEC (Ministério da Educação).
No total, em 2005, havia 504 mil pessoas estudando a distância, em cursos certificados pela União. O próprio estudo, porém, ressalta que, ao contrário do imaginado, o aumento não indica que há mais pessoas estudando pela internet.
Grande parte dos cursos oferecidos a distância no Brasil --84,7%-- ainda usam meios impressos, principalmente apostilas.O uso de internet --o chamado e-learning-- e de CD-ROMs atinge respectivamente 61,2% e 41,8% dos cursos certificados.Para especialistas, apesar da perspectiva, a tendência é que o material impresso torne-se apoio do sistema virtual, em curto e médio prazo. O problema é que o avanço depende diretamente do maior acesso a computadores no país.


A crise no setor particular de ensino fez com que as escolas aplicassem aos professores o mesmo que ocorreu com funcionários de limpeza e segurança: a terceirização.

A terceirização nas escolas é feita por meio de uma cooperativa. A ação é vantajosa para as instituições porque elas se livram dos encargos trabalhistas, como fundo de garantia, férias e décimos terceiros salários.
"Sou professor a muito anos, mas o desrespeito ao professor aumenta a cada dia", afirmou Gilson Aguiar referindo-se a falta de informação e de consulta frente a classe docente para a tomadas de decisões q interferem na vida dos profissionais.

O lado negativo, afirmam os professores, é que os educadores ficam desprotegidos, não recebem nada se faltarem por doença ou se forem demitidos. Também há problemas pedagógicos, pois os professores não criam vínculo com as escolas, o que aumenta a rotatividade.

"Isso não será nada bom para nós professores. Se a moda pega, daqui uns tempos não vamos ter mais nenhuma direito trabalhista. Esse pessoal faz o que quer e nós focamos a mercê do que eles querem", disse Sônia Porto que mostrou indignação com a falta de consulta à categoria sobre a questão da terceirização no setor.

domingo, novembro 19, 2006

O FUTURO DO PMDB É O GRANDE MISTERIO


Os últimos quatro anos foram marcados por fortes indícios de que tanto o governo federal como os estaduais estavam envolvidos, em muitos casos, em escândalos de corrupção. Isso, contudo, não teve reflexos mais intensos no cenário político de Minas Gerais, relacionado à nova bancada de deputados estaduais que representam o povo mineiro na Assembléia Legislativa.

Segundo dados divulgados pela Rivadália Pinho, Gerente de jornalismo da Assembléia, a porcentagem de renovação nessas eleições foram menores do que no ano de 2002. " Dos 60 deputados estaduais que disputaram um novo mandato, 46 foram reeleitos, o que representam 76,66%. O índice total de renovação foi de 40,25%. Em 2002, a renovação total foi de 46,75%", disse Pinho.

Embora o processo eleitoral tenha acabado e todas as urnas tenham sido apuradas, o cenário político na Assembléia ainda não está 100% definido. Isso porque o PMDB ainda não decidiu de que lado vai ficar. Na campanha eleitoral se aliou ao PT, fazendo uma parceria. O Pt apoiava Newton Cardoso e o PMDB Nilmário Miranda. Com o fracasso da aliança sendo amplamente demonstrada nas urnas, ambos os partidos se vêem cada vez mais distantes e a continuação do apôio reciproco, está cada vez mais duvidoso.

Carlos Morato, coordenador dos partidos da Minoria na Assembléia defende a idéia de que o PT seguirá oposição ao governo Estadual e acredita que o cenário do PMDB é uma dúvida. "Nesse ano tivemos 5 comissões das 16 existentes. Mas como elegemos menos deputados nessas eleições, a tendência é que percamos algumas comissões. A aliança com o PMDB é importante mas não sabemos se eles irão ser oposição ou situação", disse. "As comissões são importantes para que possamos aprovar os nossos projetos. Por isso, queremos o apôio do PMDB. Assim poderemos ter mais comissões. Teremos mais representatividade", afirmou.

Morato disse ainda que o PMDB é um partido mais pragmático e que o PT de Minas não apoia o governo de Aécio Neves por uma questão ideológica. "Eles (PSDB) governa para a elite. Nós (PT) governamos para a classe menos favorecida. Investimos em projetos sociais", disse Morato que, no entanto, não soube responder o porque do PT ter feito uma aliança com Newton Cardoso nestas eleições. "Ele (Newton) é conhecido no território nacional como sendo um ladrão. Eu não entendo porque o PT fez aliança com o PMDB. Sinceramente", finalizou.
O destino indefinido do PMDB interessa e muito as pretensões do PSDB. Segundo o assessor da situação Renato Carvalho, os tucanos ainda não sabem o destino que os partidos de oposição ao governo estadual irão otmar, mas que irão buscar as alianças. "Temos até o dia 1 de fevereiro para buscar uma aproximação com esses partidos", afirmou. Dos sete partidos que alcançaram a clausula de barreira (PTD, PP, PL, PMDB, PT, PSDB e PFL) pelo menos um começa a definir o líder do partido para a próxima legislatura. "Gil Pereira (PP) foi o mais votado do partido e deverá ser o líder", disse Carvalho.
Com o início do processo de definições de lideranças políticas, outra grande pode começar a ser posta à mesa. Se o PMDB será oposição e situação. Essa decisão poderá definir o tamanho que Aécio Neves terá, possibilitando que ele tenha o caminho livre para a aprovação de projetos ou se terá obstáculos à sua frente e qual o tamanho desses impecilhos.
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quarta-feira, novembro 08, 2006

PROFESSORA CÉLIA NONATA PARTICIPA DE PALESTRA NA ESTÁCIO





A professora Célia Nonata foi uma das palestrantes da noite do dia 07/11/2006 no auditório JK, Faculdade Estácio de Sá de BH onde abordou o tema banditismo no Brasil e os conflitos existentes entre o poder legalizado da polícia e o poder ilegal praticado pelos marginais. No filme apresentado aos alunos, Notícias de Uma Guerra Particular, a professora disse que o conflito entre policiais e traficantes existem e este é o climax do filme. Ela destacou que embora a mídia normalmente mostre o Rio de Janeiro como o ponto de maior violência do Brasil, o que ocorre de fato é que o crime organizado de São Pauloé o mais eficiente, organizado e maior.
Nonata explica que tanto o poder da polícia quanto dos traficantes existem. Porém, o poder de coerção é legalizado, enquanto que o dos traficante é ilegal. Uma das personagens do documentário disse que os traficantes querem defender a comunidadee que os jovens de hoje em dia estão com um espírito suícida. Já um homem do documentário disse que a imprensa só passou a dar atenção a favela quando o rico começou a usar cocaína. A professora Célia chamou a atenção para esses depoimentos e disse que embora as pessoas se surpreendam com depoimentos dessa natureza, não é possível desmenti-los e fingirmos que o documentário é apenas um filme de ficção.
"Um bandido é incapazde se organizar politicamente e está sempre visando os seus próprios interesses", afirmou a professora. "O bandido se firma em seu meio através do poder de tirar a vida de outras pessoas". Nonata explicou ainda a diferença entre bandido e criminoso. Segundo enquanto o criminoso age sozinho, o bandido trabalha em conjunto. Sendo assim, todo bandido éum criminoso( aquele que comete um crime) mas nem todo criminoso é um bandido.
A educação sendo promovida através de palestras em escolas e universidades é uma iniciativa que deveria ser seguida por todas as instituições de ensino. Promover a educação é um dever de todos nós.
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