segunda-feira, outubro 30, 2006

AS DESIGUALDADES REGIONAIS

COMPUTADORES DA UESPI NÃO ATENDEM AS DEMANDAS DOS ALUNOS



Muitos livros e poucos computadores. Em pleno século XXI, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) ainda sofre com a falta de investimentos do governo e mantém um acervo desatualizado de livros nas bibliotecas e uma quantidade insuficiente de computadores nos laboratórios de informática.

Para pessoas acostumadas a acessar a internet de alta velocidade seja em casa ou no trabalho e que acredita que o uso dos computadores em excessial nos dias de hoje, podem se deparar com uma grande surpresa ao visitarem a UESPI. Mesmo sendo umas das universidades de maior prestigio no país no que se refere a curso de medicina, ainda há muito o que se fazer em outras área, como por exemplo, no setor de informática.

Na cidade de Corrente - Pi a quantidade de computadores no único laboratório chega a impressionar. São apenas quatro máquinas que atendem a uma demanda diária de 800 alunos. O coordenador do regime especial da UESPI Wilmadson Silveira acredita que é preciso uma força política mais atuante no município para que possam ser transferidos recursos do estado para a região. "Mesmo tendo professores gabaritados em sala de aula, nós ainda pecamos porque temos que ficar aplicando aulas e provas teoricas constantemente. É preciso ir em busca de computadores para o nosso laborátorio para que as aulas práticas se tornem uma realidade" afirmou.

Embora no campus de Corrente tenha curso de computação poucos investimentos vem sendo feitos na área de computação. Nos últimos quatros anos, segundo o aluno Arnon Gama que está formando esse ano no curso de computação, nenhum computador novo foi adquirido. "Nós não temos nenhuma prioridade de acessar as máquinas. É um absurdo. Vamos formar com pouquissimos conhecimentos na área", disse.

Outras área também carecem se falta de recursos. A biblioteca da universidade não possui livros para determinados cursos. "Fui na biblioteca procurar um livro de inglês mas não encontrei. Como é que vamos ser competentes se não temos nem material para estudar ?", indagou Ivonete Viana, aluna no 6 período de letras.
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Allan Campos