domingo, novembro 19, 2006

O FUTURO DO PMDB É O GRANDE MISTERIO


Os últimos quatro anos foram marcados por fortes indícios de que tanto o governo federal como os estaduais estavam envolvidos, em muitos casos, em escândalos de corrupção. Isso, contudo, não teve reflexos mais intensos no cenário político de Minas Gerais, relacionado à nova bancada de deputados estaduais que representam o povo mineiro na Assembléia Legislativa.

Segundo dados divulgados pela Rivadália Pinho, Gerente de jornalismo da Assembléia, a porcentagem de renovação nessas eleições foram menores do que no ano de 2002. " Dos 60 deputados estaduais que disputaram um novo mandato, 46 foram reeleitos, o que representam 76,66%. O índice total de renovação foi de 40,25%. Em 2002, a renovação total foi de 46,75%", disse Pinho.

Embora o processo eleitoral tenha acabado e todas as urnas tenham sido apuradas, o cenário político na Assembléia ainda não está 100% definido. Isso porque o PMDB ainda não decidiu de que lado vai ficar. Na campanha eleitoral se aliou ao PT, fazendo uma parceria. O Pt apoiava Newton Cardoso e o PMDB Nilmário Miranda. Com o fracasso da aliança sendo amplamente demonstrada nas urnas, ambos os partidos se vêem cada vez mais distantes e a continuação do apôio reciproco, está cada vez mais duvidoso.

Carlos Morato, coordenador dos partidos da Minoria na Assembléia defende a idéia de que o PT seguirá oposição ao governo Estadual e acredita que o cenário do PMDB é uma dúvida. "Nesse ano tivemos 5 comissões das 16 existentes. Mas como elegemos menos deputados nessas eleições, a tendência é que percamos algumas comissões. A aliança com o PMDB é importante mas não sabemos se eles irão ser oposição ou situação", disse. "As comissões são importantes para que possamos aprovar os nossos projetos. Por isso, queremos o apôio do PMDB. Assim poderemos ter mais comissões. Teremos mais representatividade", afirmou.

Morato disse ainda que o PMDB é um partido mais pragmático e que o PT de Minas não apoia o governo de Aécio Neves por uma questão ideológica. "Eles (PSDB) governa para a elite. Nós (PT) governamos para a classe menos favorecida. Investimos em projetos sociais", disse Morato que, no entanto, não soube responder o porque do PT ter feito uma aliança com Newton Cardoso nestas eleições. "Ele (Newton) é conhecido no território nacional como sendo um ladrão. Eu não entendo porque o PT fez aliança com o PMDB. Sinceramente", finalizou.
O destino indefinido do PMDB interessa e muito as pretensões do PSDB. Segundo o assessor da situação Renato Carvalho, os tucanos ainda não sabem o destino que os partidos de oposição ao governo estadual irão otmar, mas que irão buscar as alianças. "Temos até o dia 1 de fevereiro para buscar uma aproximação com esses partidos", afirmou. Dos sete partidos que alcançaram a clausula de barreira (PTD, PP, PL, PMDB, PT, PSDB e PFL) pelo menos um começa a definir o líder do partido para a próxima legislatura. "Gil Pereira (PP) foi o mais votado do partido e deverá ser o líder", disse Carvalho.
Com o início do processo de definições de lideranças políticas, outra grande pode começar a ser posta à mesa. Se o PMDB será oposição e situação. Essa decisão poderá definir o tamanho que Aécio Neves terá, possibilitando que ele tenha o caminho livre para a aprovação de projetos ou se terá obstáculos à sua frente e qual o tamanho desses impecilhos.
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